quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Vital Filho: aumento do salário mínimo para R$ 600 é demagogia

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) contestou o discurso oposicionista de que a suspensão dos gastos de R$ 50 bilhões previstos no orçamento deste ano, determinada pela presidente Dilma Rousseff, teria se tornado necessária por causa da "gastança" do governo Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente no ano passado. Conforme os senadores da oposição, o excesso de gastos teria acelerado demais a economia, fazendo a inflação subir nos últimos meses.

Depois de apoiar as "medidas de austeridade orçamentária" da presidente da República, Vital do Rêgo também contestou as afirmações de que o governo teria "agido tarde demais" para controlar a inflação.

A contenção dos gastos, sustentou o senador peemedebista, evitarão que o Banco Central seja obrigado a "aumentar muito" a taxa de juros. Disse que isso poderia provocar "uma desaceleração muito grande" na economia e, ao mesmo tempo, levaria o dólar a se desvalorizar ainda mais frente ao real, afetando as exportações.

- É de se estranhar o discurso equivocado de certos setores da política, que falam haver um descontrole nos gastos e, ao mesmo tempo, defendem, numa retórica demagógica, um irreal aumento do salário mínimo para 600 reais - afirmou Vital do Rego.

Explicou que, para cada aumento de R$ 1,00 do salário mínimo, há um gasto do governo, especialmente com a Previdência Social, de R$ 290 milhões por ano. Assim, elevar o salário mínimo para R$ 600 exigiria anualmente do governo cerca de R$ 16 bilhões. Para aumentar tanto o salário mínimo, continuou Vital do Rêgo, o governo teria de comprimir "ainda mais" os investimentos públicos, prejudicando o crescimento da economia e a continuidade da geração de empregos. 

 
 
 
 
Paraíba Online / Agência Senado

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