Enquanto o Brasil, o povo brasileiro, clama por políticas públicas voltadas para a geração de empregos e de rendas que diminuam as disparidades sócio-econômicas do país, o governo do Estado da Paraíba faz o caminho inverso aos apelos populares.
Promove uma onda de demissões em massa, atingindo a classe baixa da escala social e promovendo um confronto de ideologias que vem gerando insegurança no sistema financeiro de uma sociedade já carente de ações governamentais e ,agora, aterrorizada por esta medida autocrática, de um gestor público que resolveu punir o pequeno por décadas de gestões auto-sustentáveis.
Catingueira, interior paraibano, é um bom exemplo neste contexto de insatisfação e de angústia, ao qual a sociedade paraibana está inserida. As fontes rentáveis do município derivam do comércio local ou do setor público, especificamente do funcionalismo que presta serviço ao município ou ao estado. E fazer funcionar as instituições estaduais sem os prestadores de serviços ou pró tempores na cidade torna-se inviável.
Conforme o calendário escolar,está programado para iniciar as aulas na próxima segunda-feira,14 de fevereiro, mas ainda não se sabe quem serão as pessoas responsáveis pela gestão do corpo docente naquelas instituições de ensino e nem como irão funcionar caso os prestadores de serviços não sejam recontratados.
A Escola Estadual de Ensino Médio Maria Gomes da Conceição, por exemplo, tem no seu quadro efetivo apenas duas professoras , uma de história e outra de letras. Todos os demais docentes e auxiliares eram pró tempores ou contratados estabelecendo um número de 15 famílias que hoje vivem esperançosa expectativa de uma recontratação que ninguém sabe se procederá, quais os critérios que respaldarão as recontratações. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Inácio da Catingueira os professores do fundamental 1 são todos efetivados, em contraposição aos do fundamental 2 e do ensino médio que eram ou pró tempores ou profissionais contratados por excepcionalidade. O mesmo se reflete nos demais cargos que dão funcionalidade a repartição, apenas duas auxiliares permaneceram por terem suas estabilidades e os demais foram demitidos inviabilizando o funcionamento escolar com uma deficiência de 21 funcionários no seu corpo de trabalho.
Desta forma, faltando, apenas alguns dias para o início do ano letivo, ainda não se reconhece um projeto de promoção educacional, nem uma segurança de que as aulas irão ter condições de serem iniciadas em virtude da desestruturação administrativa e pedagógica das respectivas Escolas Estaduais.
O governador tem prometido em meios de comunicações começar a reconvocar estas pessoas a partir da próxima segunda-feira, mas será que todos serão contemplados com as benesses do governador? È uma dúvida que vem pondo famílias em desespero. No município de Catingueira, são 35 pessoas que migraram da estabilidade para o desemprego.
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