quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tião diz que todos os governistas podiam distribuir gratificações

O deputado estadual Tião Gomes, presidente do PSL da Paraíba, não se contentou em admitir que sua esposa e filha recebiam gratificações no governo de José Maranhão (PMDB). Ele acrescentou que a prática era comum a todos os deputados governistas e ainda ameaçou trazer a público a lista dos parlamentares contemplados, seus afilhados e o valor destinado a cada um. Segundo entrevista concedida por Tião ao Parlamentopb, os dados estão com o secretário de Administração do Governo, Gilberto Carneiro.
- Se abrirem uma CPI das Gratificações, eu assino. Falam tanto que Ricardo Coutinho está perseguindo os funcionários que é preciso que os governistas mostrem o que aconteceu no governo passado. Minha esposa e minha filha tinham R$ 1,5 mil de gratificações. Dava R$ 3 mil. Entretanto, tinha deputado que tinha R$ 300 mil de gratificações. Estou exigindo do secretário de administração que nos envie a relação de todos os funcionários com gratificações superiores a R$ 3 mil. Vamos fiscalizar isso porque é muito bom acusar. A oposição está atacando o governo, que quer acertar. José Maranhão demitiu 8 mil pessoas há dois anos e todo mundo se calou. Ricardo quer modernizar e resolver a situação dos prestadores de serviço e encontra dificuldades. O Governo tem um projeto, um choque de gestão, que é normal numa administração moderna como a de Ricardo Coutinho. Não se pode criticar o governo com 50 dias de mandato. Eu não gostaria de participar de CPI, mas se criarem, eu assino.
O deputado não deixou nenhum aliado de José Maranhão de fora de suas acusações. Segundo ele, dos deputados governistas na gestão anterior, todos recebiam este tipo de benefício:
- Todos tinham e tinham muitos. Ninguém pode falar de ninguém. Ninguém pode acusar Ricardo Coutinho de nada.
Finalmente, o deputado e presidente do PSL da Paraíba admitiu que pretende conviver com as queixas de Aníbal Marcolino e sua postura de oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB):
- O partido é democrático, respeita as pessoas. Quando Aníbal veio para o PSL, veio com esse objetivo de ser oposição a Ricardo Coutinho. Não vamos forçar Aníbal a defender o governo, mas espero que ele entenda a posição do PSL de defender o Governo. O PSL é governo. Aníbal é dissidente.
Todos tinham e tinham muitos. Ninguém pode falar de ninguém. Ninguém pode acusar Ricardo Coutinho de nada

(Tião Gomes, sobre a concessão de gratificações no governo Maranhão III)

Parlamentopb

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