terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nove cidades paraibanas tiveram novo pleito eleitoral após 2008 devido à corrupção

A menos de 15 meses das eleições municipais, eleitores de dezenas de cidades brasileiras ainda vivem clima de campanha pelo interior do país. O descompasso do calendário eleitoral deve-se às denúncias de corrupção, compra de votos e abuso do poder econômico que colocaram em xeque o resultado da disputa de 2008. Até agora, 166 eleições suplementares em todo o país engrossam o calendário de pleitos registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além dos rombos que os episódios de corrupção ou mau uso do dinheiro público causam aos cofres das cidades, a segunda rodada de eleições municipais tem um preço. Os tribunais já desembolsaram R$ 1,6 milhão para trazer os eleitores de volta às urnas na disputa fora de época. A repetição das eleições realizadas em municípios com aproximadamente 15 mil habitantes fica em torno de R$ 10 mil, mas em cidades maiores a Justiça Eleitoral chega a gastar R$ 40 mil para fazer uma nova convocação dos eleitores às urnas.
Minas Gerais, segundo estado do país no ranking do número de eleitores, lidera no quesito das eleições suplementares. De acordo com o TSE, 26 novas disputas para o cargo de prefeito dos municípios mineiros estão programadas. O Tribunal Regional Eleitoral do estado informa que 21 eleições extra calendário foram realizadas devido a cassações de prefeitos.
O estado mineiro, com 853 municípios, lidera o ranking das eleições tardias, mas Piauí, com 224 municípios, está logo atrás. O calendário das eleições suplementares mostra que eleitores de 22 cidades piauienses voltarão às urnas para escolher o prefeito que deveria estar governando desde 2008. Ou seja, uma em cada dez das eleições realizadas há quase três anos terão que ser refeitas graças a problemas com os candidatos eleitos. Até hoje, 18 dessas novas disputas já ocorreram e no início de agosto os eleitores de Paes Landim, a 450 quilômetros de Teresina, escolherão o novo prefeito. Atualmente, o município é comandado pelo presidente da Câmara Municipal.
Se as eleições suplementares tomaram conta de 9,8% dos municípios, os casos de cassações se espalham por 20,5% de todas as cidades do Piauí. Quarenta e seis prefeitos foram considerados inaptos para permanecer no cargo, mas graças a recursos jurídicos permanecem no cargo. No Ceará, a agenda de eleições suplementares registra cinco novos pleitos, dois deles estão previstos para setembro.
Nos estados
Minas Gerais    26
Piauí    22
Paraná    11
Rio Grande do Sul    10
Bahia    10
Paraíba    9
Santa Catarina    9
Pará    7
Alagoas    6
Sergipe    6
São Paulo    6
Rio de Janeiro    6
Amazonas    5
Mato Grosso    5
Ceará    5
Rio Grande do Norte    4
Espírito Santo    4
Goiás    4
Mato Grosso do Sul    3
Tocantins    3
Pernambuco    2
Acre    2
Rondônia    1

Jornal Correio Braziliense

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