“O PMDB esta sem direção, sem rumo. O partido esta precisando de uma renovação urgente”. O comentário foi feito pela ex-deputada e atual Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, respondendo a uma declaração do presidente do Diretório estadual, advogado Antônio de Sousa,
que afirmou que ela estava sem espaço no partido e que deveria pedir para sair.Iraê disse que esta tranqüila e não pensa em sair do PMDB, mas defende uma renovação com urgência na direção do Partido, argumentando que a legenda esta precisando de gente nova na direção da executiva estadual.
Ela salientou que tem história dentro do PMDB e que o partido é muito maior do que as questões pessoais que hoje são discutidas. Iraê Lucena ponderou que divergências partidárias são coisas normais na vida de um partido e lembrou que em 2002, a deputada Rita Camata era candidata a vice-presidente ao lado de José Serra e o ex-senador José Maranhão declarou apoio a Lula, levando junto com ela uma parcela significativa no estado.
Sem citar o nome de Antônio de Souza, a Secretária da Mulher contou que ela não foi a única a divergir da orientação partidária no segundo turno nas eleições o ano passado, citando o caso do ex-deputado Flaviano Quinto e vários prefeitos que aderiram a candidatura de Ricardo Coutinho, depois que o candidato do PMDB não teve sucesso no primeiro turno.
Ela disse esta tranqüila e por enquanto não tem intenção de sair do PMDB, embora já tenha sido convidada oficialmente para ingressar no PSD organizado pelo vice-governador Rômulo Gouveia, mas ainda não deu resposta.
Iraê revelou que em outros estados brasileiros aconteceram divergências nas eleições do ano passado, citado o caso de Santa Catarina e Pernambuco e não se fala em expulsão. Ela declarou que uma exclusão do partido não pode ser feita de qualquer maneira, uma vez que é preciso haver um processo e se a decisão for positiva em nível estadual, ainda existe a instância superior do partido em Brasília.
Jonas Batista/Paraiba.com
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