quarta-feira, 16 de março de 2011

Conselho de Ética decide abrir processo contra Jaqueline Roriz



Conselho de Ética decide abrir processo contra Jaqueline RorizO Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira abrir processo contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), acusada de receber dinheiro para fazer caixa dois em sua campanha eleitoral. A representação com o pedido de abertura de processo foi protocolada pelo Psol hoje.

O Conselho foi instalado nesta quarta na Casa e também elegeu o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA) para a presidência, que ainda precisa designar um relator para o processo contra Jaqueline Roriz. Com a representação, a deputada também perde a possibilidade renunciar ao mandato para escapar da cassação, já que a Lei da Ficha Limpa torna inelegíveis os políticos que usarem desse artifício.

A deputada aparece em vídeo divulgado recentemente, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, responsável pela queda do ex-governador do DF José Roberto Arruda durante o chamado "mensalão do DEM", em 2010.

O líder do Psol na Câmara, Chico Alencar (RJ), afirmou que a representação pode resultar em perda do mandato da parlamentar, mesmo que a denúncia seja referente a atos anteriores à eleição de Jaqueline. "Ética não tem prazo de validade. A eleição não invalida atos anteriores", disse. A representação por quebra de decoro pode resultar na perda do mandato da deputada.

Junto com a representação, o Psol também protocolou um pedido para que a Corregedoria da Casa investigue outra denúncia envolvendo Jaqueline: a de que ela teria usado verba indenizatória de gabinete para pagar o aluguel de uma sala comercial em nome do seu marido. O corregedor da Casa, Eduardo da Fonte (PP-PE), disse que vai acatar o pedido.

STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra a deputada na última segunda-feira. O ministro relator do caso na Corte, Joaquim Barbosa, também autorizou que a Polícia Federal atue no caso. A PF deve convocar Jaqueline Roriz para prestar depoimento e verificar a autenticidade do vídeo em que a deputada aparece recebendo cerca de R$ 50 mil de Durval Barbosa. A parlamentar pediu ao STF acesso à integra da gravação.

Em nota, a deputada admitiu ter recebido, em 2006, dinheiro de Durval Barbosa. Segundo o documento, Jaqueline admite que esteve "algumas vezes" no escritório de Barbosa, a pedido dele, para "receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha". Ela também pediu licença médica de suas funções como parlamentar por cinco dias e deve ficar longe da Câmara dos Deputados até a semana que vem.


TERRA

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